OELA – 21 Anos de História

28 de março de 2019

Há 21 anos nascia a Oficina Escola de Lutheria da Amazônia quando o músico Rubens Gomes reuniu quarenta jovens para ensinar a lutheria em sua própria casa.

Essa preocupação com o futuro de jovens em bairro periféricos foi o impulso para iniciar um trabalho que já ultrapassa duas décadas com a marca de mais de vinte e quatro mil atendimentos diretos nos diversos projetos que já foram e que ainda são desenvolvidos na Instituição com o apoio e patrocínio de vários parceiros.


Gratidão a todos que passaram por aqui ao longo desses 21 anos de existência.


*** História de Rubens Gomes, diretor executivo e fundador da OELA


Rubens nasceu no Estado amazônico do Amapá. Depois de estudar música, suas primeiras experiências profissionais foram como músico, fundando a Escola de Música Clave de Sol e atuando como regente de uma Banda e Coro em um município rural fora de Belém.


Em 1981, Rubens mudou-se para a capital do Estado de Acre e fundou outra Escola de Música Clave de Sol, a primeira escola de música do Estado. Também esteve envolvido em movimentos sociais e ambientais, comprometido com questões de construção de cidadania para os povos amazônicos e preservação dos recursos naturais. Durante esse período, ele foi inspirado por seu amigo Chico Mendes, que lutava para defender os direitos dos seringueiros e outros “povos das florestas” e que foi assassinado em 1988 por promover a transformação social.


Em 1993, um curso de instrumentos de cordas atraiu Rubens para deixar a Amazônia temporariamente. Ele partiu com a ideia de receber capacitação profissional e capacitação para instrumentação para retornar à Amazônia, em especial ao Acre, para desenvolver uma iniciativa para jovens de comunidades carentes que servissem como multiplicadores da atividade. Ele estava especificamente interessado em trabalhar com jovens em conflito com a lei, e assim ele retornou ao Acre e instalou um programa de música dentro de um Centro de Detenção do Governo. O programa de financiamento governamental iniciado por Rubens, o Projeto Dó Menor, foi projetado para oferecer a esses jovens o contato com a música e a produção de instrumentos, com o objetivo de oferecer oportunidades quando saíssem do centro. No entanto, o governo prematuramente parou de financiar o projeto, tornando impossível continuar os cursos. Rubens percebeu que teria que estabelecer uma instituição privada para implementar sua ideia e não depender do governo. Ele fundou o Centro de Produção Cultural com um grupo de colegas. Juntos, eles puderam montar exposições dos instrumentos feitos pelos jovens no Senado Federal e pela Comunidade Solidária lançada pela primeira dama para mostrar o potencial da juventude na Amazônia.


Em 1995, Rubens foi convidado pela Universidade do Amazonas para implementar um curso de criação de instrumentos de cordas em Manaus. Durante esse período, ele continuou pesquisando, pedindo ao Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (INPA) para identificar novas espécies alternativas e apropriadas que pudessem ser usadas para instrumentos. Mas com a mudança de diretores da universidade, o curso foi interrompido. Felizmente, Rubens conseguiu treinar mais dois luthiers.


Rubens percebeu a impossibilidade de continuar seu trabalho em instituições públicas e convidou seus dois alunos a aperfeiçoar suas habilidades montando o Oficina de Lutheria da Amazônia (OELA) no bairro pobre de Zumbi, onde ele mora. Ele se estabeleceu em 1998 e desde então se tornou uma referência para a transformação social e ecológica, muito além da arte de fazer música.


Fonte: https://www.ashoka.org/pt-br/fellow/rubens-gomes

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